sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Arte na Capa

Peguei um caderno sem graça e resolvi expressar a admiração que tenho pelos verdadeiros gigantes da arte das artes: A Música! (E QUE TUDO ISSO SEJA ouvido!)
 



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

No ônibus II (Texto transcrito fielmente do autor Romário Sanches)

Eu já estava atrasado pro trabalho, chovia muito, o ônibus demorava e eu na parada.
Pensei que fosse o meu dia de azar. Mais alguns minutos e lá vem o ônibus, pra minha alegria vinha vazio, com poucas pessoas. Entrei e olhei pra trás, havia dois lugares fui diretamente a eles. Sentei-me ao lado da janela, coloquei meu mp3 e retirei o livro da Lya Luft – múltipla escolha – para terminar de ler.
Estava com muito frio, pois eu vestia uma camisa de malha fina.
De cabeça baixa lendo o livro percebo que alguém se aproxima para sentar ao meu lado. Olho disfarçadamente para ver quem é. Tratava-se de uma moça bonita, branca meio alta, de pele macia, cabelos longos e pretos e com uma saia apertada de executiva.
Ela sentou ao meu lado, mas não nos encostávamos.
O ônibus balança muito e de vez em quando nossos braços se escoravam. Percebi que me olhava varias vezes como quem quisesse saber que livro estava lendo ou que música ouvia. Eu apenas de cabeça baixa olhei para suas pernas e coxas brancas e lisas.
Passavam-se 30min de viagem e nossas coxas laterais já se apoiavam uma na outra. No balançar do ônibus nossos braços se esfregavam com mais freqüência causando certo aquecimento do frio e uma intensa excitação. Ela, de vez em quando, passava a mão em seus seios, como quem quisesse me provocar. Eu olhei para o seu gesto e percebi que já estava suando. Depois olhei para o seu rosto e ela riu. Eu sem graça voltei a ler o livro, quando ela me perguntou:
- Qual o título do livro?
- Como?
- Qual o título do livro?
- Ah! “Mútipla escolha”.
- Fala do que?
- Fala sobre os mitos sociais e muitas outras indagações do ser humano.
- Parece legal.
- Mas é legal.
Ela pediu pra foliar o livro. E eu dei.
Sentia o seu perfume cada vez mais perto e forte.
- Eu vou comprar, mas se eu não gostar você vai ter que me pagar. O que acha?
- Pode comprar caso não goste não sei se pago com dinheiro.
Rimos.
- Tudo bem, não importa de que forma, eu só quero que me pague.
Ele já iria descer, pois ia estudar. Levantou-se e se despediu.
- Até mais.
- Tchau.
Apenas admirava-a pela janela e ela me olhou e ergueu a mão se despedindo novamente.
Pelo menos sei, agora, que ela trabalha na mesmo lugar que minha mãe, mas em horários diferentes. Isso me garante, em partes, que haverá próximos encontros e espero que não se limite no esfregar e escorar.

No ônibus

Certa vez, um garoto foi ao centro da cidade e, chegando no ônibus, viu uma moça loira e de olhos bem escuros. Ele quis assentar-se ao seu lado, entretanto, estava sem jeito para tal, visto que havia diversos lugares duplos vagos ainda.
Ele tinha que pensar rápido, então, decidiu abordá-la de forma direta, embora não constrangedora:
- Moça, posso me sentar ao seu lado?
- Sim, claro!
O que diria ele agora?
A moça continuou quieta, com seu vestido florado e levemente decotado. A pele fresca do seu colo já o atormentava, até que chegou a parada onde ele desceria.
Ao descer, ele voltou seus olhos para a moça, mas ela não olhou para ele.
Por um bom tempo, ele sonhava com ela todas as noites e, aos poucos, seus sonhos foram cada vez menos frequentes. Hoje, ele, de vez em quando, ainda sonha com ela, mas QUE TUDO ISSO SEJA um segredo, porque ela nem sabe.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mel

E os lábios sedentos?
Foi o mel, Foi o mel!
E o peito ardendo?
Foi o céu! Foi o céu!
E as lágrimas nos olhos?
Foi o fel! Foi o fel!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Porque algumas coisas são inexplicáveis!

Quem disse que para haver paixão é necessário tocar?
E quem falou que para sonhar e arder são necessários os beijos?
Pois, ainda que nunca me dirigisse uma palavra, seu olhar haveria de me arrebatar o coração
E arrebatou!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

Memórias - Parte II

Que saudade da pipoqueira!!!!
Da pipoqueira que fazia pipoca para o meu amor me trazer
Pipoca de agrado
De mimo
De cortejo
Para QUE TUDO ISSO FOSSE eternizado
Porque não se compra uma criança com doces, compra-se com pipoca!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Memórias - Parte I

Foi naquele quintal...casinha construída para brincar.
Brincar de quê?
De ser criança...
De viver!
Mas a mangueira...
Ah...a mangueira!
Já não mora mais por lá...mudou-se ou morreu...sei lá...
Acho que é por isso que ela é boa, pois,  minha mãe sempre dizia: "quer ser bom? morra ou mude-se."
Tudo lá parecia maior quando eu era criança e, embora muita coisa não viva mais lá, algumas coisas simplesmente não mudam nunca: as primas mais velhas e solteiras, que  fazem quitutes deliciosos e vivem para trabalhar, por esta razão é que não conseguiram casar-se.
Mas a memória mais forte foi a do cheiro...aquele cheiro que só sentia lá.
Segurei-me para não chorar, mas foi inútil.
Passou um filme na minha cabeça e, por um instante, voltei a ser criança...voltei a viver...
E QUE TUDO ISSO SEJA uma lembrança garrida, embora distante.